Aqui vou relatar uma das experiências mais incríveis que tive na minha vida!!!
Não só pelas paisagens de tirar o fôlego, mas por tudo o que vivi.
Conhecer o Salar do Uyuni estava nos meus planos mas não era um destino que desejava tão loucamente assim hehehehe
Nossa, me surpreendi! As paisagens, os cenários na estrada, as belezas naturais, as pessoas, a simplicidade, a cultura, enfim...
Juro que tentei registrar tudo em fotografia/vídeo, mas existem lugares que nenhuma câmera jamais consegue capturar a verdadeira beleza quando comparado a você estar ali, vendo com seus próprios olhos... Essa experiência, com certeza, foi única e ficará na memória.
Pena que não fui na época do Salar espelhado (entre os meses de janeiro - março, mas sempre sugiro conferir com as agências devido essas mudanças loucas de clima que estamos vivendo constantemente), mas independente disso, cada época tem seu encanto.
Bora conferir essa aventura? =)
🌵 DAY 1
Laguna Blanca / Verde
Deserto Salvador Dalí
Termas de Polques
Geyser Sol de la Mañana
Vilarejo Tocotacape (almoço)
Laguna Colorada
Vilarejo Mallku Villamar (pernoite)
Se você já leu o artigo Salar de Uyuni - quando e como ir, te digo que depois de todos os trâmites, ainda na Reserva de Fauna Andina, logo mais a frente, nos deparamos com essa cena da Laguna Blanca.
Como ainda era cedo e sol não estava tão alto, talvez não tenha gerado o reflexo das nuvens e vulcões que ficam ao redor, mas igualmente a paisagem é lindíssima.
O tom esbranquiçado é devido os minerais depositados em seu leito.
Logo mais ao lado, tipo uns 5 minutinhos de carro, paramos na Laguna Verde.
E mais uma vez fico de queixo caído!
Acho que fiquei tão embasbacada com aquelas primeiras cenas que me perdi em tirar mais fotos...queria admirar!
Ainda tava fazendo frio porque nessa zona venta muito!
Aqui estamos a 4.350m de altitude.
Dali partimos para o Deserto Salvador Dalí, que aliás, só de ver a paisagem já dá pra imaginar porque ele é chamado assim. Há quem diga que lembra as famosas pinturas surrealistas do artista. Eu diria que a obra que mais se aproxima seria "Os elefantes" (1948), talvez...hehehe
Mas há quem diga que não tem nada a ver...
E você, o que acha? =)
A próxima parada foi na Termas de Polques. O lugar em si não me surpreendeu muito, mas vale salientar que aqui deva ser o único lugar em que você conseguirá tomar banho numa piscina natural com águas "calientes" em pleno Salar de Uyuni.
Se quer incluir isso na bagagem, então vá com a roupa de banho preparada numa mochila a parte para que seja fácil a troca de roupa, já que a parada aqui não é tão demorada assim.
Existem banheiros no local, mas já digo para você a partir daqui, deixar seu luxo e suas frescuras fora dessa viagem porque as condições não são muito boas e isso você vai encontrar durante todo o seu precurso no Uyuni.
Tanto o acesso ao banheiro quanto a termas são pagos. O primeiro paguei por volta de $Bs 2-3. Já o segundo não tenho valores pois preferi aproveitar mais a paisagem do lugar...
Depois de uns 20-25 minutos partimos, já que ninguém do grupo quis entrar nas Termas...
A próximada parada foi no Geyser Sol de la Mañana, uma área desértica a quase 5.000m de altitude.
O ideal aqui é chegar bem cedo quando a atividade vulcânica está a todo vapor, literalmente kkkk
Isso porque o ar estando mais frio a força da água é maior.
Pera, volta a fita...pra que você possa entender é melhor explicar o que é um "geyser" antes, não?
Os geyseres são nascentes termais que entram em erupção periodicamente, lançando tipo um jato de água quente, vapores e gases. Geralmente se originam da água da chuva que se deposita no subsolo e quando ocorre o aumento da pressão, provocada pelo aquecimento, saem em forma de jatos junto com vapor.
Inclusive a palavra "gêiser" é de origem islandesa e significa "fonte jorrante".
Entendido agora? =) Continuemos...
Bem, como partimos do Atacama e demoramos bastante na Aduana Chilena 🙄 chegamos nesse lugar por volta da metade do dia, então não deu pra ver tantos jatos jorrantes saindo das pequenas piscinas que caracterizam o lugar =(
Maaaassss mesmo assim, ainda conseguimos contemplar alguns vapores de água e gases... simplesmente INCRÍVEL!!!
Outro ponto positivo: só havia nós =)
Foca no detalhe das cores do chão e das piscinas com lavas... espetacular, não?!
A mistura das cores é consequência da diversidade de fenômenos geotérmicos existentes no solo.
As piscinas não são próprias para banhos pois concentram uma elevada presença de minerais e gases tóxicos, além da temperatura, claro...
Vale salientar que aqui não possue sinalização de segurança, então muito cuidado ao se aproximar das lavas na hora de tirar fotos e tal... qualquer piso em falso, você vai de encontro com a morte sem piedade!
Inclusive, soubemos que uma francesa (se não me falha a memória) havia falecido no lugar pelo descuido... uma pena =(
Seguindo viagem, aliás, deixa eu abrir aspas aqui... as paisagens na estrada são des-lum-bran-tes!!!
Como já passava do meio-dia, precisávamos parar para o almoço antes de seguir para o último ponto turístico que seria a Laguna Colorada.
Paramos num vilarejo simples e, enquanto o guia preparava nosso almoço, fiquei rodeando o lugar observando as llamas e a quietude do lugar. O silêncio é impressionante!
A sensação aqui é de que parece que estamos numa vila abandonada rsrsrsrs
Uma curiosidade sobre as llamas é que elas expelem um ácido quando se sentem ameaçadas, então cuidado ao se aproximar delas.
Segundo o canal Animal Planet, elas são o oitavo animal que mais se irritam no mundo kkkk
Quando isso acontece, cospem uma substância fedorenta no alvo de seu incômodo.
Bem, isso foi o mais perto que consegui chegar pra tirar uma foto porque, definitivamente, elas não são simpáticas também, pois sempre que me aproximava, fugiam...no seu passinho lentamente...mas fugiam kkkkk
Terminado o almoço, saímos rumo a Laguna Colorada.
Mas assim que saí do carro, dei 30 passos e voltei correndo. O vento era muuuuito forte e gelado. Insuportável, eu diria.
O carro para num determinado lugar e você tem que atravessar um pequeno monte para avistar a laguna na sua totalidade do outro lado. Não consegui passar dessa primeira etapa =(
Mas quem foi, disse que depois que passar essa parte, o vento não é mais perceptível porque a beleza do lugar é tão empressionante que toma conta de todos os seus sentidos.
Essa foto foi o mais perto que consegui chegar...sorry gente!
Dia cansativo, havíamos acordado super cedo, passado por Alfândega, se aclimatando com altitude, apesar de que não tive problemas porque antes do Uyuni montei a sequência dos passeios no Atacama com o objetivo de ir me adaptando aos poucos (clique aqui para saber mais).
Já era hora de descansar pra ter energia para o segundo dia =)
Nossa pernoite foi no povoado Mallku Villamar, onde ficamos em um alojamento simples mas muito aconchegante.
Os quartos eram compartilhados e, como éramos 6 pessoas, acabamos ficando todos juntos. Eram dois casais, uma mulher e eu.
Os pontos negativos aqui:
- No quarto só havia tomada próximo a uma das camas e com 3 entradas somente. Depois só tem tomada lá fora, na parte da copa, onde comemos.
Então é interessante carregar suas câmeras e celulares assim que chegar, na parte externa ou caso você fique na cama do lado da tomada (meu caso), deixa todo mundo carregar antes e você carrega durante à noite, assim ninguém incomoda ninguém.
- Não entendi o sistema da água quente no banheiro e acabei tomando banho com água extremamente gelada. Se tivesse fazendo calor ok, mas com a temperatura de 5ºC, não dá né? Imagina meu humor como ficou depois disso...e pagando Bs 10$!!
Sim, o acesso ao banheiro é pago a parte, assim como todos os que você usará durante o circuito Uyuni =//
Fora isso, o jantar foi muito bom e à noite tranquila, as camas são bem estruturadas pra você se aquecer bem, acho que tinha umas cinco colchas kkkk
Mas não espere luxo, se você tem um pouquinho de frescura, aconselho levar um saco de dormir.
Clique aqui para ler o roteiro do segundo dia do Tour Uyuni.