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Acumular-se: um estado passageiro




Quando fiz essa trilha da foto acima, na volta, tivemos que percorrer mais de 5km com o peso da mochila nas costas. Tínhamos passado dois dias acampando no meio da serra e bem in natura. Quem já acampou assim , sabe que isso te faz refletir sobre muitas coisas.


Pois é, aí me peguei na pergunta: você se vê como uma pessoa acumuladora?


E olha que não falo somente de bens materiais não, mas também de emoções e sentimentos que não nos serve mais, e nem fazem bem.

Acumulamos "coisas", às vezes, porque no fundo buscamos preencher algum buraco interno, algum vazio existencial, algum ego, sabe?


Enquanto escrevo esse post, faz praticamente dois anos que mudei minha vida radicalmente...passei a trilhar o caminho do que é tentar viver com o essencial, o suficiente, sem acúmulos.


E devo confessar, eu passei muito tempo da minha vida sendo uma pessoa super acumuladora, sempre "guardando" coisas e sentimentos, achando que podia usar eles lá na frente em algum momento. Só que com o tempo, isso vai te consumindo aos poucos, ou você vai transformando sua casa mais num espaço de "trecos" do que se possa chamar de "lar".


"Preciso comprar isso mesmo?"

"Tenho necessidade agora?"

"O que vai no meu prato é o suficiente ou estou comendo com os olhos?"

"Estou comprando isso para meu próprio bem-estar ou para satisfazer a inveja de outros?"


Perguntas tão simples, mas que nos levam a meditar sobre uma vida sem excessos, sem futilidades, sem egocentrismo...Desapegar do material é também um aprendizado sobre cuidar melhor de quem somos.


É abrir espaço para manter em nossa vida somente aquilo que faz sentido de verdade, que tem valor genuíno, e que realmente importa!


Então, por onde começar?


Começa reorganizando seu guarda-roupa, que tal?

Nós mulheres, definitivamente precisamos começar pelo guarda-roupa kkkk

Aí depois vem o quarto, aquela estante da sala, o armário da cozinha, aquele jardim que precisa de um toque especial...e essas atitudes vão trazendo consequentemente pequenas mudanças diárias no seu coração, na sua mente, na alma e na vida em si!


Ao tentar dar o primeiro passo em conhecer suas "reais" necessidades, e deixar o que é de fato importante, a medida que se vai abrindo espaço para esses momentos, se perceba como um ser em sua completude, mas todavia, ainda em construção.


Não precisamos TER coisas para sermos completos, ou acumular demais...não é aí onde está nossa identidade...a maior liberdade é saber viver com o que é suficientemente essencial e quando entendemos isso, a vida passa a ter outro significado.


Como já diria Antoine de Saint-Exupéry: "o essencial é invisível aos olhos".


E aí, você já passou por essa experiência? Ou está pensando em "reorganizar" o teu eu?

Se sim, bora compartilhar essa experiência transformadora? ;)



 



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