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Qual a sua palavra? (Baseado no livro/filme: "Comer, rezar e amar")


Foto: Besthqwallpaper

Quem já assistiu o filme "Comer, rezar e amar", estrelado por Julia Roberts, sabe que tem uma parte em que ela se encontra saboreando as delícias da culinária italiana, e perguntam a ela qual seria "sua palavra", no intuito de fazê-la refletir sobre o que a definia naquele momento de sua vida e sobre a importância de encontrar-se consigo mesma.


O filme é uma adaptação do best-seller da autora Liz Gilbert, baseado na vida dela por sinal, quando depois de um divórcio, uma depressão e outra decepção amorosa, ela resolve viver um ano sabático, no intuito de buscar algum sentido a sua vida, autoconhecimento e paz interior.


Esse conflito "existencial" passamos todos nós, cedo ou tarde. Não adianta fugir...


Nós mulheres, nos deparamos muitas vezes com essa parede que se chama "estereótipo da sociedade", no sentido que, inconscientemente ou não, se espera de nós, desde cedo, traçar o caminho de se formar, casar, ter filhos, construir família...e por aí vai.

Não que isso seja ruim, mas nem todas nós nos encaixamos nessa silhueta...e eu sou uma!


O filme retrata muito a mulher atual, em busca de uma vida de acordo com o que se julga importante para si. Eu mesma passei a viver essa fase assim que completei meus 30 anos.

Saí de um casamento sem filhos, e assim como Liz, acabei entrando em um outro relacionamento sem ainda "tratar" meu eu interior, o que, claro, levou-o a entrar em colapso, puxado também por outras razões.


Em um dos trechos, em que ela se encontra totalmente em depressão, e já em seu segundo relacionamento amoroso, a outra pessoa lhe diz: “E se a gente simplesmente reconhecesse que nosso relacionamento é ruim, e mesmo assim ficasse junto? Daí a gente poderia passar a vida inteira junto… infelizes, mas felizes por não estarmos separados.”


Não faz sentido...quantas vezes temos medo de deixar ir aquilo que não nos faz bem, simplesmente pelo medo de nos ver sozinhas? O medo do "recomeçar"...


Do momento que escrevo estas palavras, faz um pouco mais de dois anos que mudei radicalmente minha vida. Aluguei um apartamento menor, fui morar perto do meu trabalho, vendi o carro e comprei uma bicicleta; adotei aos poucos, a arte do minimalismo, me tornei vegetariana pela causa animal, comecei a viajar sozinha pelo mundo, e a me importar mais com o que é importante e essencial. Me livrei dos excessos, e isso me trouxe mais liberdade.


Eu precisava do meu tempo, de percorrer minha jornada e me reencontrar. E não foi fácil, doeu, mas sobrevivi.


Assim como a personagem de Julia Roberts nesse filme, busquei trazer um sentido em ser quem eu sou, como mulher, pessoa, indivíduo.


Você já parou pra pensar se verdadeiramente tem desfrutado dessa jornada incrível que se chama VIDA?

Sobre que pessoa você tem se tornado até aqui?

Aonde você quer chegar ou se já chegou?


Feita essa reflexão, qual palavra lhe define hoje?



“Melhor viver o seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação

da vida de outra pessoa com perfeição. Então agora comecei a viver

a minha própria vida. Por mais imperfeita e atalhoada que ela possa parecer,

ela combina comigo, de alto a abaixo.” 




 


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